Conheça os golpes mais comuns e algumas dicas para vender passagens no particular de forma (um pouco mais) segura

Emitir passagens no particular pode ser uma alternativa às empresas intermediadoras como MaxMilhas e HotMilhas.

Porém, é cada vez mais comum o surgimento de relatos de pessoas que tomaram golpes com esse tipo de venda.

Vamos ver, nesta publicação, os 2 golpes mais comuns e algumas dicas para tentar diminuir os problemas com a venda de passagens no particular.

Os golpes mais comuns

1) Emissão de passagem direto com o viajante, sem recebimento dos valores

O viajante pede pra você emitir uma passagem. Você emite, passa os dados para o viajante e ele desaparece achando que vai aproveitar da passagem.

Esse é o golpe mais simples de resolver, pois, quem emite passagens com milhas tem até 24h para cancelar a passagem e recuperar as milhas.

Dentro do prazo de 24h, a totalidade das milhas utilizadas retornam para a conta do emissor, porém os CPFs são consumidos normalmente.

Prejuízo financeiro: R$ 0

Prejuízo de CPFs: dependerá da quantidade de passagens (geralmente é apenas 1, pois é difícil o golpista convencer um grupo de pessoas).

2) Emissão de passagem com intermediador entre você e o viajante

O intermediador pede pra você emitir uma passagem para uma outra pessoa (viajante). Você emite, passa os dados para o intermediador. O intermediador passa os dados para o viajante. O viajante faz o pagamento para o intermediador que desaparece em seguida. Você ficou sem suas milhas e o viajante sem o dinheiro.

Esse golpe é simples de resolver para o emissor da passagem, pois ele pode cancelar a passagem, como explicado anteriormente.

Já para o viajante, é um problema grande, uma vez que ele não teve contato direto com o emissor, logo, não tem garantia nenhuma de que o combinado seria realmente mantido.

Ambos foram enganados pelo intermediador.

Prejuízo financeiro para o emissor: R$ 0

Prejuízo de CPFs: dependerá da quantidade de passagens (geralmente é apenas 1, pois é difícil o golpista convencer um grupo de pessoas).

Prejuízo financeiro para o viajante: o valor pago para o intermediador.

Como evitar/amenizar os problemas?

Quando estamos vendendo milhas no particular, o viajante vai querer que a passagem seja emitida para então fazer o pagamento. Normal.

Porém, antes disso, você pode tomar umas precauções.

Veja alguns cuidados padrão que você pode tomar na venda de milhas para terceiros de forma particular:

1. Exija ver um documento com foto como, por exemplo, a CNH
2. Exija ver um comprovante de endereço no nome da pessoa
3. Exija uma video chamada com o comprador e verifique se ele é o mesmo do documento
4. Exija a localização em tempo real e compare com o endereço do comprovante de endereço
5. Exija o link das redes sociais da pessoa e verifique se a conta não é FAKE (deve ter amigos, ter mais de 1 ano de atividade pelo menos, etc.)
6. No momento do recebimento, exija que o PIX ou a transferência seja feita de uma conta do próprio
7. Evite, ao máximo, emitir passagens que não incluam o viajante (seriam aquelas passagens para terceiros com intermediador)

A lista acima é bastante burocrática e sim, se a pessoa não tem real interesse, ou se for um golpista, com certeza ela vai negar a participar do processo.

Note que essa lista de cuidados vale também para casos em que você está COMPRANDO passagens no particular. É bem provável que o comprador te peça as mesmas coisas. Afinal, segurança é tudo e ninguém quer prejuízo.

Há uma frase que diz: "Segurança nada mais é que a falsa sensação de estar seguro" (desconhecido).

Com base na frase acima, deixamos claro que, mesmo com os cuidados acima, ainda podem ocorrer problemas, porém, com certeza, os cuidados ajudam a diminuir drasticamente a chance de levar um golpe na venda de passagens no particular.

E aí, você já fez negociações de milhas/passagens no particular?

Conhecia esses golpes?

O que achou?

Conta pra gente.